Mas isso é legal neste carro, o comportamento arisco. O modelo que eu tinha, apesar de usar bolha de protótipo, uma Toyota, não era a versão Le Mans do carro, que vinha com um chassi mais largo, e sim a versão tradicional, a 103 “pura”.
Dei algumas voltas com ele usando o ideal para este tipo de chassi: motor BOX, ESC fraco, com ré, e na época baterias de 3600, eu acho, de NIMH. Sempre com pensu de espuma o carro tinha o comportamento de um formulinha mesmo, bem regulado era um tesão, mas bastava se empolgar mais um pouco e adeus para a traseira, que rodava sem dó.
Trata-se de um direct-drive (motor traciona direto no eixo traseiro), por isso perder a traseira é algo bastante comum quando não se guia de maneira adequada. O diferencial do carro é a própria coroa que conta com bilhas em seus furos.
A durabilidade de algumas peças, como a caixa de motor, era um problema. Este que eu tive era todo original. As rodas com pneus de borracha, que vem com o kit de fábrica, eu nunca cheguei a usar, pois não tinham inserts e pareciam ser muito ruins de andar. Este modelo eu comprei usado. Sempre tive a curiosidade de andar com um destes, ainda mais com bolha protótipo.
Para a época de seu lançamento, final da década de 90, era até um carrinho atualizado. Mas depois foi sendo ultrapassado pelos concorrentes, como a HPI, Kyosho e por aí vai. O que valia a pena neste carrinho era (ainda é) o custo das peças. Ele foi popularizado por aqui numa época que a Tamiya ainda tinha representante oficial, é possível, ainda, encontrar peças e kits novos do F103.
Aliás, no auge era fácil de ver muitos hopups para ele. Hoje em dia ainda se encontra muita coisa também no e-bay. Dele, há 5 anos nasceu o modelo F103 GT que era o mesmo projeto, mas com rodas e pneus de touring, um dos mais legais que eu já vi (eu tenho um, vou falar dele depois).
Posso resumir o F103 como um carro voltado para a diversão, com baixo custo, ele tem todos os ingredientes da essência do hobby. Talvez por isso ainda hoje tenha milhares de fãs.