Se você tem um Combo Brushless Sensorado, você já deve ter
notado uma marcação com valores em graus na traseira do motor. Essa marcação
indica o range de ajuste que pode ser feito entre o estator e o sensor. Esse
ajuste muda a RPM que o motor gera ao longo da sua faixa de potência.
O “timing” pode ser ajustado para atender as condições de funcionamento e junto com outros ajustes do seu automodelo (relação final, suspensão, alinhamento, etc..), melhorar a performance durante as corridas.
O “timing” pode ser ajustado para atender as condições de funcionamento e junto com outros ajustes do seu automodelo (relação final, suspensão, alinhamento, etc..), melhorar a performance durante as corridas.
A ideia aqui é dar uma noção básica do funcionamento do “timing”
para ajudar quem está começando a ajustar o desempenho do motor.
Princípio Básico
Os motores Brushless
(sem escovas) trabalham no princípio básico de magnetismo: Polos magnéticos
opostos se atraem e polos iguais se repelem.
Um motor Brushless possui duas partes magnéticas rotor e estator. Claro, existem outros componentes, incluindo rolamentos, a placa de circuito, o “end-bell”, guias de solda, sensores, calços, etc.. mas vamos nos concentrar em como o estator e rotor interagem um com o outro conforme o ajuste de “timing”.
Um motor Brushless possui duas partes magnéticas rotor e estator. Claro, existem outros componentes, incluindo rolamentos, a placa de circuito, o “end-bell”, guias de solda, sensores, calços, etc.. mas vamos nos concentrar em como o estator e rotor interagem um com o outro conforme o ajuste de “timing”.
O rotor é um eixo
de metal simples onde o material magnético é preso. O Rotor mais o material
magnético é a parte do motor que gira e ondo o pinhão é preso.
O estator, que forma a maior parte do motor, é feito de lâminas de aço empilhados com enrolamento de fios que formam 3 bobinas (no caso de motores com 2 polos – conforme mostrado na figura).
O estator, que forma a maior parte do motor, é feito de lâminas de aço empilhados com enrolamento de fios que formam 3 bobinas (no caso de motores com 2 polos – conforme mostrado na figura).
Ao energizar uma
bobina gera um campo magnético temporário que atrai um polo do rotor e repele o
outro. À medida que o rotor gira, no sentido que o campo magnético é produzido
pelas bobinas do estator, quando o sensor do motor desliga o conjunto de bobinas
e liga o próximo, fazendo o movimento de
rotação continuamente. O ponto em que o próximo conjunto de bobinas é
energizado é a chave para ter um motor rápido de acordo com o automodelo e a
pista que você está correndo.
Quanto mais próximo do pólo a bobina é energizada, menos “timing“ você tem. Mas o efeito do campo magnético gerado pela bobina energizada é maior porque a bobina está mais próximo do polo do rotor. Quanto maior a distancia do polo do rotor em relação campo magnético gerado, menor será a força de atração. Quando você ajusta o “timing” girando o “endbell” você está ajustando a posição dos sensores em relação ao estator.
Quanto mais próximo do pólo a bobina é energizada, menos “timing“ você tem. Mas o efeito do campo magnético gerado pela bobina energizada é maior porque a bobina está mais próximo do polo do rotor. Quanto maior a distancia do polo do rotor em relação campo magnético gerado, menor será a força de atração. Quando você ajusta o “timing” girando o “endbell” você está ajustando a posição dos sensores em relação ao estator.
“Timing” e performance
Um motor com
menos avanço (menos “timing”) mais “cavalos de potência” em baixas rotações, um
motor com mais avanço de “timing” vai produzir potência máxima em altas
rotações. O melhor ajuste de “timing” não é, necessariamente, o que faz o motor
atingir a força máxima, mas sim o que produz potência máxima no range de RPM
que você usa mais frequentemente na pista. Para encontrar o melhor ajuste de
“timing” para o seu carro pode ser um pouco demorado com um pouco de tentativa
e erro. Mas em geral, carros mais pesados ou pistas com retas mais curtas pode
ser usado um avanço menor.
Carros mais
pesados ou pistas que demandem retomadas frequentes demandam mais torque, o que
pede um ajuste “timing” com valores menores. O RPM e a velocidade adicionada
por ajustes com valores maiores de “timing” podem ser disperdiçadas se você não
tem retas longas (ou uma pista oval) para aproveitar. No entando, com um carro
mais leve ou com retas mais longas, ajustes com valores de “timing” mais
elevados podem aumentar sua velocidade final e fazer com que seu tempo de volta
diminua. A única coisa que precisa ficar de olho é na temperatura. Quanto mais
avanço de “timing” maior será a temperatura do motor. Se seu motor atingir 65°C
ou mais durante a corrida significa superaquecimento. Pode ser interessante
diminuir o avanço, reduzir o tamanhõ do pinhão ou as duas coisas. Alta
temperatura do motor é algo crítico, por isso, sempre que for fazer ajustes de
timing tenha sempre a mão um termômetro para medir seu motor.