Muito antes da maioria dos fabricantes adotar o drivetrain rebaixado, a Schumacher já tinha este sistema no seu SST. O modelo foi lançado em 1998, e foi um sucesso nas pistas.
Era um carro diferente dos demais naquela época. O chassis tinha configuração duplo deck, mas o deck principal era radical. A posição que as baterias eram colocadas era diferente de qualquer outro modelo na época, e por que não dizer, de qualquer modelo já feito até hoje.
Como as baterias eram em células SUB-C, existiam muitas maneiras de se arrumar as baterias naquela época. As do SST eram do tipo sadle, divididas em dois grupos de 3 baterias. Nos carros convencionais, como o HPI Pro, as três eram colocadas na parte central do carro e de maneira simétrica.
O SST inovou com a colocação delas no lado direito do carro e de maneira assimétrica, em curva. Com isso o peso era melhor distribuído e o chassis era estreito. Graças a este recurso a Schumacher conseguiu criar um carro com as correias mais baixas.
Havia duas versões do carro, com chassis em fibra de carbono e plástico, este último mais barato, para os que não pretendiam competir. A versão de competição era a SST Pro 99.
A suspensão tinha amortecedores com corpo de alumínio, mas não tinham ajustes com rosca, sendo este feito com os espaçadores de plástico.
O carro tinha muitos ajustes, inclusive o de toe-in/out traseiro, que era feito da mesma maneira que era na dianteira, com c-hubs e steering blocks. O sistema de esterçamento era bastante inovador também, com o esquema conhecido como “jacaré” preso na parte inferior e superior do chasssis.
O motor ficava na extremidade central/traseira do carro e os eletrônicos eram colocados de maneira assimétrica, como as baterias, para deixar o carro bastante equilibrado. Sem dúvida o SST foi um marco para a Schumacher e para os carros de turismo no RC, era um dos meus preferidos, por causa do design inovador.